Abade
Oberon Vykos conversa com
Zenon Lupesku, em 19 de de maio de 1200 d.c.
...
-Então Meu Barão Johannus Lupesku foi atacado, junto a Angelique Storyi? - o jovem cruza as pernas, circulando com o dedo borda do cálice.
-Sim. - Oberon responde enquanto modela a carne do "voluntário" a mesa.
-E eles foram atacados, por um circulo de fogo. Um circulo perfeito?
-Sim. Possivelmente uma esfera de fogo.
-A Angelique morreu primeiro. - Zenon olha um ponto, raciocinando.
-Sim.
-O Joahnnus salvou a relíquia.
-Sim.
-E morreu por se aproximar tanto da mesma. - volta o olhar a Oberon
-Sim. - Oberon continua de costas ao jovem nobre, trabalhando com calma na carne.
-Quem nos atacou? - fala abrindo a mão, notando o ato expressivo.
-Que belo, meu jovem, notar que voce se inclui. - O abade sorri.
-Alguem cuja maestria é fogo. - Puxa o osso da clavícula, fazendo o "voluntário" grunhir.
Alguém que não respira. Já que a caverna não tinha ar para os vivos. - Zenon volta a olhar um ponto morto.
-Sim.
-Possivelmente outro Cainita.
O silencio ganha espaço. Oberon molda cartilagem e ossos.
-Os Ducheski odeiam minha família? - O nobre levanta segurando o cálice.
-Nao a ponto de estar nos livros. - Oberon muda a mao para sangue e a refaz com dedos pontiagudos.
-O que mais poderia ser? - Começa a caminhar pela sala.
-quem tem interesse na relíquia? - leva o calice a boca.
-maestria em fogo? - bebe um gole.
-Que tenha culhões e capacidade de atacar a dois dos maiores da Baviera?
-E ainda passa por eles sem ser notado? -
-Se lembra de Theophilus, o sábio. Filho de Olderic dos Furores.
-Sim sim, o Fanático.
-Seria essa a alcunha, meu jovem?
-Fanático, Filosofo, Sábio... enfim Brujah.
-Nao mais, pequeno Zenon. - Oberon puxa a carne sobre o osso.
-Herético... Baali! - para de andar, abismado com a ideia.
-Dizem que controlam o fogo. - cerra os olhos.
-Atacou os grandes da Baviera, inclusive ti. - sem notar, começa a amassar o calice.
-Ieno se escondia como os Loucos, como Nosferatu, sendo um Capadocio.
-Sendo hereticos, tem interesse na reliquia. - o calice se quebra em duas partes, caindo ao chao. Oberon abre a asa moldada, observando as imperfeições.
-O perfil bate. - O pequeno Lupesku observa o liquido rubreo espalhado ao chão. Achando mais sentido nele agora.